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Censo 2010: O Brasil da desigualdade, de novo

No último dia 16/11/11, o IBGE divulgou alguns dados relacionados ao Censo realizado no ano passado. O assunto figurou, durante todo o dia, entre os assuntos mais comentados no Twitter pelos brasileiros. Entre os dados divulgados, alguns de maior importância se destacaram, como a taxa de analfabetismo e escolarização, taxas de fecundidade por mulher, distribuição de renda entre os brasileiros, vida no exterior, urbanização, saneamento básico.


No que se refere a educação e analfabetismo, percebe-se uma melhora no índice de analfabetos no país, que caiu de 13,6% em 2000 para 9,6% em 2010. Em números gerais, são entre 14 milhões de analfabetos no Brasil. Outro número aponta o aumento de cerca de 110% de matrículas no Ensino Superior, mas a porcentagem de estudantes matriculados nas instituições de Ensino Superior é de pouco mais de 8%.


Outro dado que chamou a atenção foi a taxa de fecundidade por mulher, a menor na série histórica, que fechou 2010 com a marca de 1,86 filhos. As mulheres também estão sendo mães mais velhas. A faixa etária feminina acima de trinta anos representam 31,3% das mães, contra 27% das mulheres entre 20 e 24 anos, e 17,7% das entre 15 e 19 anos.


É na distribuição de renda que se encontram os dados mais preocupantes. Os 10% mais ricos do Brasil ganham 39 vezes mais que os 10% mais pobres. Segundo os dados, os mais pobres teriam que guardar a renda mensal durante vários anos para conseguir igualar o que os mais ricos ganham em um mês. Os homens ganham 42% a mais que as mulheres, mesmo a classe feminina em ascensão no mercado de trabalho. A distribuição é também muito desigual se consideradas as etnias, como aponta o gráfico abaixo.






Quase 500 mil brasileiros vivem no exterior, e a maioria escolhe os EUA (23,8%) e Portugal (13,4%) como destino. A população brasileira também nunca foi tão urbana. 84,36 dos brasileiros vivem nas cidades, enquanto 15,64% vive no campo.


O saneamento representa outro importante dado. 67% da população tem acesso a coleta de esgoto (55,4% rede encanada e 11,6% fossa séptica), mas, ainda,  33% dos lares fazem descarte inapropriado desse esgoto. A coleta de lixo abrange 87,4%. O acesso a água potável é de 91,9% nas áreas urbanas.


Mesmo com o 7º maior PIB do mundo, em breve o 6º, o Brasil ainda se mostra um país de desigualdades. Seja por cor, raça, origem; seja por regiões ou gênero. O país que busca o desenvolvimento rápido não pode apresentar taxas vitais tão ruim, principalmente relacionadas ao saneamento, educação e distribuição de renda. A boa notícia que que, em porcentagem, o Brasil está melhorando, a má notícia é que, em números gerais, a desigualdade de renda, a escolaridade e analfabetismo, o acesso a redes de saneamento, o número de alunos no nível Superior entre outros aspectos ainda está longe do ideal e alcançado por países desenvolvidos e países em desenvolvimento com taxas melhores.


Deixe abaixo nos comentários seu ponto de vista sobre os dados, apresente novos números que não foram tratados no post ou ratifiquem dados que, porventura, estejam incoerentes na postagem. Você constroi a notícia!


FONTES:
Vídeo 1Vídeo 2Vídeo 3Vídeo 4, Link 1Link 2Link 3Link 4 e Infográfico

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