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Quem tem razão na USP?


Para a mídia, maconheiros sem motivo. Para estudantes marxistas de outras Universidades, herois da revolução socialista por vir. Para a polícia, mais um bando de baderneiros a serem combatidos. Para demais estudantes, baderneiros maconheiros marxistas protestando sem motivo. As várias facetas do movimento estudantil iniciado pela FFLCH da USP, nesse mês identificam um problema na síntese do movimento: será que os próprios manifestantes sabem o que querem?

A boa prática jornalística diz que nosso dever é analisar e expor os dois lados de uma situação, e permitir ao leitor tirar uma conclusão apartir dos dados apresentados. Então, vamos a isso. A começar pelo lado dos estudantes.

É óbvio que se basearmos nossa opinião apenas no que é exposto, em sua maioria, na grande mídia, concluiremos que o movimento dos alunos ds FFLCH da USP é apenas pela liberação da maconha, e do uso irrestrito da droga em qualquer local, a qualquer hora. Não é. O ambiente universitário no Brasil é tomado pelo uso de drogas. Não incluo todos os alunos pois, inclusive, a maioria não faz uso das substâncias entorpecentes, mas a realidade é que está presente. O dever de educar os filhos e mantê-los longe dessas substâncias é da família, não da polícia, mas pularemos esse assunto.

De fato, a presença de polícia em um campus universitário representa uma certa repressão. Qualquer movimento estudandil, por mais inútil seja o motivo pelo qual existe, pode ser facilmente dispersado pelos agentes que detém o uso legal da força. Isso não é bom. Todo estudante universitário tem na cabeça que é a voz da população, uma certa arrogância, algo como "se a massa não protesta, nós, a locomotiva intelectual o fazemos". E esse pensamento é positivo, inclusive.

Por outro lado, deve se considerar que a Universidade, principalmente as públicas brasileiras, são verdadeiras cidades, com campi quilométricos. Não basta simplesmente exigir a saída dos agentes de segurança, ou propor "formas científicas de segurança" sem sequer ter em mente como fazer. A Universidade precisa de segurança. Há um número assustador de assaltos, estupros e roubos dentro dos campi e forças de seguranças eficientes devem proteger a comunidade  acadêmica, e não reprimir.

Ou seja, os manifestantes estão errados em fazer badernas na reitoria, usarem drogas ilícitas e burlarem uma regra democrática decidida em assembleia, a mídia está errada em resumir o caso a uma simples revolta de estudantes maconheiros, a polícia está errada em agir com truculência contra os manifestantes e coibir movimentos estudantis. A razão do movimento na USP está com quem? Acho que essa é uma boa pergunta.

E uma consideração final. Pessoal. maconha ainda é ilegal. Isso significa que seu uso será combatido e mesmo que seja liberado, não que dizer que isso poderá ser feito a qualquer hora e em qualquer lugar. O ideal seria não usar. Se já usa, é ideal seria fazer isso em um ambiente propício, sei lá qual, mas na Universidade que não é.

Ps.: Continue essa discussão nos comentários abaixo. Deixe seu ponto de vista!

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